11/05/2008

Quando se é Mãe, todos os dias são dias

Ontem olhando o blog da Martha Medeiros, li essa crônica Ó-TI-MA intitulada mamãe.com cujo autor modestamente prefere o anonimato.
Leiam, pois vale a pena e acredito que todas as mães já pensaram em fazer igual. Eu pelo menos com certeza.
Hoje é o dia das Mães, e a exemplo do post do dia da Mulher, não sou muito fã de textos docinhos e pré-fabricados. Prefiro a acidez da realidade como forma de protesto.
Seria maravilhoso comemorar o Dia das Mães se soubéssemos que todas as crianças desfrutam dessa convivência materna, tão importante para a formação do caráter e da estabilidade emocional que o indivíduo carregará pro resto da vida.
Se as guerras parassem de dizimar famílias, deixando crianças órfãos e sem rumo, vagando pelas ruas sem saber o que acontecerá no próximo segundo, como acontece em muitos países da Ásia e da África.
Se todas as mães amassem seus filhos desde o momento em que se descobrissem grávidas, evitando assim bebês jogados aos rios, nas latas de lixo, nos aterros e nas latrinas do mundo. Me desculpem os conservadores ou puritanos, mas é preferível uma interrupção na gestação em seu começo do que a crueldade de abandonar um bebê a própria sorte.
E nessa linha também, que todas as mulheres inconseqüentes que colocam filhos no mundo e os deixam a deriva da vida, caíssem em sã consciência de que no futuro, será exatamente essas pessoas as quais elas maltratam, negligenciam e se omitem que poderão ampará-las na velhice.
Se todos os filhos dessem o devido valor àquela que lhes deu a vida, o discernimento, os primeiros ensinamentos e muitas horas de insônia e de trabalho duro para que esses tivessem um desenvolvimento satisfatório e pudessem ter condições de lutar por seus sonhos.
Se todas as mães pudessem deitar a cabeça no travesseiro e dormir tranqüilamente, sem a angústia de não saber se seu filho desaparecido pode fazer o mesmo.
Se a ganância das nações e dos homens que a constituem não suprimissem todos os direitos elementares da criança de convívio com suas mães e de ter um desenvolvimento sadio, tornando-as escravas e mão de obra barata, em prol dos lucros, estatísticas, crescimento do pib e status mundial, na eterna busca pela supremacia econômica.
Se ainda hoje, passados tantos anos, as mães e avós da Plaza de Mayo pudessem ter notícias sobre seus filhos e netos e pudessem ter um minuto de paz no coração.
Se as mães, como a de Isabella Nardoni, pudessem ver a justiça prevalecer ante a crueldade praticada com seus filhos. E se as mesmas, não precisassem passar por um dia das mães sozinhas.
Enfim, seria um ótimo dia das mães se eu não precisasse escrever sobre essas coisas.
Um beijo a todas as mães que podem ter a felicidade de ter seus filhos a seu lado, com saúde.
Um abraço muito forte de conforto para todas as mães que não podem.
À minha Mãe, Eu Te Amo Todos os Dias, tu bem o sabes!
Deixo também um vídeo que reflete um pouco do que escrevi.
Impossível vê-lo sem se emocionar e se revoltar.
Impossível também não refletir depois de assistí-lo.
Cabe ao mundo, leia-se nós, fazer alguma coisa para que essa realidade se reverta.
Um bom domingo a todos.

Um comentário:

  1. ola... adorei o video, impossivel nao se comover... e seu texto entao, parabens!
    bjs

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