22/09/2008

Mercado de Pulgas

Apesar ter ido dormir às 5 da manhã no sábado (desda vez não foi insônia, tivemos visitas e ficamos de papo até 4:30), algo me tirou da cama 9:10 com muita disposição - era dia do flea market da escola (uebaaaaa!!). Me vesti rapidinho e fui ansiosa pelas possíveis comprinhas interessantes que eu poderia fazer (sim!! Adorooo bazares, briques e afins!)

Quem mora no exterior tem o privilégio de se despir de algumas hipocrisias humanas muito fortes nos países pobres e se jogar sem medo de ser tachado ironicamente de pobre, brega, muquirana e outros adjetivos nos famosos flea markets (mercado de pulgas) existentes em todos os países de 1º mundo.

Talvez por seus séculos à frente e pelas inúmeras guerras e crises vividas, qualquer país desenvolvido tem inserido de forma natural no seu cotidiano essas feirinhas, que podem ser tanto ao ar livre quanto em ginásios, onde toda a sorte de objetos são vendidos por seus donos por preços simbólicos e tudo muito bem organizado. É a reciclagem daquilo que não nos serve mais e ocupa espaço para alguém que procura exatamente o que dispensamos por um precinho camarada.

Como nasci em Porto Alegre (cidade com forte influência européia), já estava habituada de certa forma com essa cultura, pois lá existe o brique da Redenção, um mercado de pulgas tradicional realizado todo o domingo no Parque Farroupilha (ou Redenção, como preferir). Apesar da referência, nada se pode comparar e são parecidos apenas na essência.

Aqui no Japão, essas "feiras de reciclagem" e bazares escolares são ultra populares, e muita gente (inclusive eu) aguarda com ansiedade os mais famosos da cidade para se jogar com tudo nas "oportunidades imperdíveis". Como os garage sale dos EUA, nossas feirinhas vendem de tudo; dos botões de roupa aos eletrodomésticos, de brinquedos a óculos de sol, de bijouterias a coleções de qualquer coisa, uma verdadeira miscelânea colorida que enche os olhos e deixa o povo louquinho.


Como disse no início desse post, domingo fui no waku waku bazar, da escola do Lo. Cheguei depois de 40 minutos do início, e apesar da maoria das coisas boas já terem sido vendidas, (foram feitos sacolinhas com vários ítens dentro e o valor era estipulado entre 100, 200, 300, 500 ou 800 ienes, que eram os mais caros... uma verdadeira pechincha!!) consegui algumas pérolas, como uma bota de couro legítimo liiiiinda usada 2 vezes, tinha até o adesivo embaixo do solado por 300 ienes (menos de 6 reais) e um anél banhado a ouro da Minie, novinho, comprado na Disneyland que caiu perfeitamente no dedo da Yuyu por 100 (1,80 reais) mais algumas coisinhas (todas novas) compradas mais barato que nas lojas.

Minhas comprinhas

Enfim, não levei nem 1 hora e já estava em casa com meus tesouros em mãos e toda feliz. É uma pena que no Brasil esse hábito não seja difundido, é tão bom comprar coisas novas ou semi novas com preços simbólicos, fora que é ótimo se desfazer de toda a tralha que ocupa espaço e junta poeira nos armários. Pensem nisso, quem sabe daqui nasce uma idéia né? Quem sabe...

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