06/06/2008

Os Japinhas não vão dominar o Mundo

Li agora pouco que saiu os novos dados do governo sobre nascimento aqui no Japão. O resultado é alarmante. A exemplo de outros anos, o nascimento de japinhas tem diminuido e o suicídio de japas aumentado. O Japão só perde pra Rússia o pódio de suicídio, entre os países desenvolvidos.
O governo todos os anos lança novas medidas para o incentivo do crescimento da taxa de natalidade e novos programas para baixar a taxa de mortalidade, mas como vemos, ambos se mostram insuficientes.
Ano passado o auxílio-prêmio-maternidade dado as gestantes após o parto subiu de 250.000 ienes (o que eu ganhei quando a Yuyu nasceu) para 300.000. Fora isso, o auxílio leite dado de 4 em 4 meses também aumentou para as famílias que têm mais de 3 filhos. Também foi extendida a cobertura do seguro saúde para as crianças, que até ano passado era gratuíto até os 7 anos, depois dessa idade a criança pagava 30 por cento. Isso eu gostei, agora praticamente dobrou a idade .
Mas mesmo com tantos incentivos financeiros, criar um filho no Japão é caro. Por esse e por motivos como liberdade, crescimento profissional, imaturidade emocional entre outros, os japoneses estão optando por não ter filhos.
Não muito diferente do que vemos no Brasil, aqueles que investem no futuro estudando e se aperfeiçoando, resolvem casar mais tarde e filhos se tornam impensáveis. E aqueles que nunca foram muito chegadinhos nos estudos, que eram meia boca na escola e não pensaram no futuro, ao terminarem o estudo obrigatório vão para a mercado trabalhar em empregos sem exigência de qualificação para se sustentar.
Logo conhecem alguém, se juntam e se entopem de filhos, assim só o marido trabalha enquanto a esposa fica em casa com as crianças e uma renda mensal pra lá de apertada.
Essa é a nova cara do Japão. Muitas das poucas crianças que nascem são frutos de casais muito jovens que não quiseram estudar e não tem a mínima perspectiva de futuro. Logo, a exemplo dos pais, os filhos seguirão o mesmo caminho, salve algumas raríssimas criaturas.
Outra coisa que chama a minha atenção também é que o número de estrangeiros que têm filhos aqui é inversamente proporcional a taxa de natalidade nipônica. Os gaijins são uns coelhos!!!
Se a coisa continuar assim, sem os japas contribuirem para o futuro da nação; o governo vai ter que se render aos filhos de estrangeiros nascidos no Japão e mudar seu status quo.
Num país onde o que vale para ser considerado japonês é o sangue e não o solo, o número de "filhos de uma pátria que não o considera filho" aumentam consideravelmente e em breve isso será quase impossível de ignorar.
Já que o Nippon copia os EUA em quase tudo, por que não adota o status sollus como o de lá? Tá certo que aqui não é uma terra de imigrantes como Brasil e EUA; mas quando o futuro populacional da nação corre risco, tá na hora rever alguns conceitos milenares e abrir os horizontes para não afetar o desenvolvimento do país.
Galera aqui dá o maior apoio! Se é pra encher essa terra de bakuris, pode contar com nosotros extranjeros para essa missão. Satisfação garantida!

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