17/11/2009

O Lado B da viagem à Disney

Como sou Cherry Queen Forever, não poderia ter ido à Disney sem fazer juz ao meu título. Eis aqui alguns dos erros de filmagem ocorridos ao longo do percurso.
A organização do passeio ficou por conta de uma amiga, nem nos preocupamos com nada. Pagamos e ficamos na expectativa da viagem.
Foram aproximadamente umas 30 pessoas, todas colegas de trabalho e familiares.

Nos encontramos pouco depois das 2:20 da manhã, na conveniência que tem aqui perto de casa e lá constatei que o ônibus que eu imaginava ser grande, leito e bonito não passava de uma banheira feia, antiga e desconfortável.

Já dentro do ônibus e razoávelmente longe, lembrei que havia esquecido os 2 guarda-chuvas novinhos da silva que levaria, pois já sabíamos que choveria em Tokyo até o meio dia.
Paciência. Exercitei a calma, mesmo vislumbrando o que me aconteceria, afinal de contas, não se vai à Disney toda hora.

Os bancos reclinavam só um pouco e eram duros e estreitos. O que dificultou o descanço.
O pouco que se dormiu foi por pura necessidade do corpo. Aliás, um aviso de amiga, desconfie quando o transporte for barato demais.

E assim seguiu-se a viagem noite afora tentando arranjar uma posição que fosse razoavelmente confortável, até que lá pelas 5 da manhã, o ônibus parou.
Vocês pensaram o mesmo que eu né? Que tinha estragado a sucata?
Não foi isso, ufa!!!
Foi um baita acidente envolvendo um carro e um caminhão. O carro novinho só sobrou a traseira. Aqui acidentes são raros, mas acontecem. E óbvio que eu tinha que estar na tranqueira que se formou por causa dele. Normal.

Bueno, depois de algum tempo seguimos viagem, e a medida que Tokyo ia se aproximando a chuva forte vinha junto e quando chegamos ao parque, caía o dilúvio do céu.
Esperamos dar uma aliviada na chuva e entramos, mas como aparece nas fotos, meu cabelo já começava a se rebelar.
Pior do que o cabelo estragado, foram os vários escorregões que tive.

Fui com uma bota de camurça com pelos por dentro que por aqui é acessório indispensável no frio. O detalhe é que a minha já era do inverno passado e de tanto usá-la o solado estava gasto, já que o mesmo é daqueles retos, ficando igual a um pneu careca.

Eu tinha dó de colocá-la fora, mas depois dela quase me levar ao chão algumas vezes por lá, o destino dela foi o lixo quando cheguei em casa.
Como se não bastasse o cabelo estragado, os escorregões e os banhos de chuva, atolei os dois pés em poças d'água camufladas e passei o dia inteiro com as meias molhadas e a sensação de frio que isso provoca.

Enfreitei tudo isso com uma resignação que eu desconhecia ter e tentei aproveitar da melhor maneira possível o passeio.

Na volta, fiquei pensando se encontraria meus guarda-chuvas, tentando me convencer de estariam lá, que mesmo tendo chovendo forte aqui ninguém pegaria, que aqui é Japão e ninguém pega nada que não é seu e tralálá com bolinhas molhadas.

Encontrei apenas o guarda-chuva do meu filho. O meu, novinho e rosa havia sumido.
Roguei praga para a pessoa que o pegou mas não fiquei muito surpresa.
Afinal de contas, morar em um bairro onde há muitos estrangeiros infelizmente é assim.
Eles não têm a cultura de não pegar o alheio, o que é lamentável.

E depois dessa odisséia que foi meu passeio ao mundo encantado da Disney, a minha cereja do bolo, o meu troféu de honra ao mérito veio em forma de uma imensa gripe, que me derrubou já no domingo e me mantém em nocaute até o presente momento.

Da próxima vez, eu olho a meteorologia com pelo menos 3 dias de antecedência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Que bom te ver por aqui! Que tal me deixar feliz com um recado teu?