18/08/2008

Confusões

" Não sei se estou perto ou longe demais, se peguei o rumo certo ou errado.
Sei apenas que sigo em frente, vivendo dias iguais de forma diferente.
Já não caminho mais sozinha, levo comigo cada recordação, cada vivência, cada lição.
E, mesmo que tudo não ande da forma que eu gostaria, saber que já não sou mais a mesma de ontem me faz perceber que valeu tudo pena. "
...
...
Não sei quem escreveu estas palavras, mas ao lê-las em algum lugar da net me identifiquei na hora. É notório que a vida não é na maioria das vezes como a gente gostaria. Mas ficar chorando pelos cantos tendo pena de si mesmo não fará com que ela melhore. Ao contrário, trará mais problemas.
Problemas com a própria pessoa que entrará num estado de auto destruição imperceptível e problemas com quem a rodeia, pois certamente desconhece o sofrimento interno ou as razões para tal.
Então, como lidar com desejos e anseios impossíveis?
Não sei.
E até gostaria de saber, pois também tenho os meus como todo mundo.
Minha maneira de lidar com isso já foi mais eficaz. Meu instinto de auto preservação já me foi útil no passado.
Quando vejo que vou sofrer demais, me recluso e eremito num silêncio profundo, como se não existisse, na tentativa de minimizar a dor. Praticamente desapareço do mapa, ou melhor do alvo de meu sofrimento.
Pelo menos no passado, isso dava certo.
Hoje em dia, em tempos de "digitalização da vida" acho que não seja mais possível. Pelo menos em parte. Se bem que não verbalizo aqui nem um terço do que realmente sinto, o que é paradoxal, pois criei esse canto justamente pra estravazar o que me atormenta.
Me tornei refém do meu diário virtual.
Não posso falar demais por saber que é lido por outras pessoas, as quais na maioria nem conheço; ao mesmo tempo, não posso ficar sem falar, por que afinal de contas, esse é meu analista. Estou confusa, muito confusa com tudo isso.
(...)
Reticências... Só isso substitui o impublicável.

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