19/07/2008

Velha Infância

Se houvesse uma máquina do tempo, em qual época você gostaria de voltar? Na era dos dinossauros do cult Elo Perdido para ver se realmente foi emocionante fugir dos Sleestaks ou simplesmente na época da sua infância?

Eu sem pestanejar voltaria para a o tempo em que podia correr de pés descalços sem me importar com a maldade humana, onde andar de balanço era sinônimo de liberdade e a gente se sentia voando nele.

Época em que no verão o acessório mais desejado era um bacião de lata enorme da minha vó e que fazia minha alegria durante dias escaldantes de Porto Alegre.
Tempo em que no final do dia ficava sentada na calçada com os amigos jogando conversa fora até a hora do jantar, sem ter medo de assaltos ou balas perdidas.

Dos finais de semana na sede campestre, onde além de me acabar brincando, matava todos os meus desejos por "bobagens adocicadas" longe dos olhos de reprovação de minha mãe, por que "doce estraga os dentes".

Da época do lego, genius, banco imobiliário, ioio da coca-cola (minha primeira paquera de escola foi campeão num concurso da coca kkk), gel new wave cor de rosa (o brilho molhado), bala 7 belos, pastelina, álbum bem-me-quer (uma febre na escola, completei o meu rapidinho), cachorro xereta (aquele bassê de plástico puxado por uma cordinha), boneco feijãozinho, fofoletes, Melissas e tamancos Francesinha...

ahhhh.... tantas coisas me lembram aquela época tão maravilhosa... até mesmo as manhãs em que assistia o Elo Perdido no canal 5 (hoje SBT), morrendo de medo dos dinossauros e dos monstrinhos verdes citados no começo desse post. Era completamente tosco, mas não tinha um amigo que não assistisse. Há! E pra quem é de Porto Alegre, tinha também o Remendão!!! Adorava aquele boneco de pano verde com cabelo colorido que tinha num programa infantil do canal 2, até descobrir que ele era meu vizinho, o que fez perder toda a graça e sentido de assistir o mesmo.

Queria que meus filhos tivessem vivido nessa época. Embora a infância aqui no Japão seja bem parecida com a infância que eu tive no quisito brincadeiras, valorização do simples e viver cada época ao seu tempo sem antecipar ou queimar fases, como acontece com a infância hoje em dia no Brasil, tem também o paradoxo de brinquedos ultra modernos, desenhos quase humanizados e games cada vez mais sofisticados.

Mas mesmo gostando da tecnologia, a maioria das crianças daqui (inclusive as minhas), sabem que o bom mesmo é tomar banho gelado no rio ou de mangueira, soltar pipa e peão, catar besouro e vagalumes no verão. Mesmo assim, saudosismo de vez em quando é bom e como ainda não inventaram uma máquina do tempo, nada melhor do que lembrar do meu tempo bom que não volta nunca mais.

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