15/03/2008

Crise de Identidade

O ser humano tem uma necessidade nata de adjetivar a tudo e a todos. Hoje estava pensando nos inúmeros apelidos que já me foram dado ao longo da vida.
Quando criança ouvia muito da família expressões como Preta, Nega, Vana. Na escola, a crueldade infantil se mostrara através de meus colegas que me chamavam de Silvanóides (segundo eles, por ser pequenininha, eu era uma bactéria e esse era meu nome), o que diariamente me deixava descalça, já que meus sapatos sempre iam parar nas cabeças de meus animados coleguinhas. No segundo grau virei Déby, esse adquirido pela minha rebeldia e “criatividade” ao me vestir e na faculdade, apenas Sil.
A gente cresce e os apelidos evoluem conosco. Ou pelo menos deveriam. Atualmente meu nome não é a principal referência criativa para um apelido. Sou chamada de gaúcha no meio dos amigos de outros estados do Brasil, japa paraguaia e japa entre minhas amigas do Brasil em referência ao lugar em que vivo; latina, espanhola e até russa (!!!) me foram agraciados por japoneses que desconheciam minha nacionalidade.
Em meio a tantos apelidos, me pergunto onde vai parar nossa identidade? Digo isso por que ficou a pergunta na cabeça, qual deles sou eu?Preta, Vana, Déby, Sil, gaúcha, japa, latina, espanhola ou russa? Talvez eu seja um pouco de todos e ainda um pouco mais dos outros que virão.

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