07/03/2008

Contrariando os Motivos

Minha imunidade tem caido tanto quanto o dólar. Ontem de noite foi-se mais uma unha, mesmo depois de já tê-las cortado radicalmente. Também há esse maldito cafunchô que resolveu fazer morada em meu nariz, me tornando uma pessoa fanha.
Enfim, há motivos de sobra e tantos outros para me aborrecerem e me deixarem down; mas, contrariando as Leis de Murphy, hoje estou feliz.
Sou uma pessoa bem simples, apesar do ar sofisticado como algumas amigas por aqui me definem, gosto e me realizo com pequenos prazeres.
Fico feliz ao ler um bom livro, fico feliz ao abrir o email e encontrar uma mensagem de alguém que amo, ao dirigir despreocupadamente e sem rumo, ao ouvir uma boa música bem alto, ao contemplar o mar e dele absorver as respostas que procuro, ao ver a neve, ao ver um por do sol, ao ver um bebê sorrindo, ao cultivar plantas; que juntamente com a fotografia, se tornaram meus hobbies favoritos por aqui, ao tomar um chimarrão bem cevado falando frivolidades ou mesmo solitária, ao tomar um copo de Coca bem gelada quando a sede me consome, ao ganhar presentes, não importa o que, desde que tenha amor da parte que presenteia.
Isso me lembra um presente que ganhei no ano passado, de minha amiga Valéria. Ela me deu um vasinho com sementes de mini rosas para plantar. Junto, uma declaração de amizade linda e a explicação de que eu havia plantado uma flor no coração dela, portanto, o plantio dessa semente era a materialização de nossa amizade. Esse sem dúvida, foi um dos presentes mais importantes que ganhei na vida. Por ser singelo e por ter alma.
É possível ser feliz mesmo nos momentos adversos. Mesmo quando a vida não nos dá motivos para sorrir, buscar momentos de felicidade se faz necessário para o nosso bem.
Caso contrário, corre-se o risco de nos tornarmos pessoas carrancudas e rabujentas, o que além de ser péssimo para a aparência é maléfico para a saúde.
A prática do exercício da felicidade, se não for o remédio para todos os males, pelos menos é um bom paleativo.
Enaltecendo esses momentos fugazes, conseguimos levar a vida de forma mais serena, além de ajudar na solução ou na assimilação dos problemas mais difíceis.
Pelo menos é assim que vejo as coisas. Não sou um Dom Quixote. Sei de minhas limitações diante o percurso da vida; e exatamente por esse motivo, busco ser feliz nas pequenas coisas. É como se fosse uma bateria ecológica, que vai armazenando energia para o momento em que será necessário o seu uso.
Ser feliz pode não ser tarefa fácil, mas procurar ser feliz na simplicidade das coisas é. Isso deveria ser o ideal de todos, pelo menos eu tento fazer com que seje o meu.





Nenhum comentário:

Postar um comentário

Que bom te ver por aqui! Que tal me deixar feliz com um recado teu?