29/02/2008

As Escolhas que a Vida nos Traz

Aproveitando essa momento de total inspiração literária; por que não assim chamar; resolvi postar mais uma vez hoje.
Todos temos direito, dependendo do lugar onde se nasce ou se vive, a fazer escolhas. Chamamos isso de livre arbítrio.
Temos liberdade de escolher o lugar onde vamos morar, com quem vamos casar, a carreira que vamos seguir ou o carro que vamos comprar.
De forma democrática, também pagamos um preço por nossas escolhas.
Por exemplo, se escolhemos morar fora de nosso país, onde me incluo na descrição em todos os ítens, temos que pagar o ônus da distância dos que amamos, da saudade de coisas triviais, da falta da comida caseira que só nossa mãe sabe fazer, dos amigos do peito que só conseguimos ter em nossa pátria, de curtir um por do sol inigualável (me dou o direito de citar o por do sol do Guaíba) e de uma série de "cores" que no exterior parecem apenas "aquareladas".
Mas se essa foi a escolha feita, e se não foi revertida, é por que de alguma forma houve uma compensação. Seja por qualidade de vida, seja por realização pessoal, seja por priorizar a família. Enfim, justificativas não faltam, e novas escolhas podem e devem ser feitas quando as antigas não mais satisfazerem.
Quando a escolha é pessoal e não temporal, tudo torna-se mais difícil, pois envolvem-se nesse aspecto outras pessoas.
A vida nos mostra que nem todo mundo tem a sorte de casar com quem realmente gostaria.
Seja por qual motivo for, por solidão, por compensação, por desilusão, por imposição... o motivo não interessa, o que interessa é o que isso vai acarretar com o ser, a pessoa envolvida na situação.
Ela pode ter várias formas de lidar com essa escolha:
Inconformismo; que gera a busca desenfreada de uma terceira pessoa que a complete ou lhe dê um alento fugaz.
Acomodação; que lhe dará uma vida pacata, mas sem o rompante do amor e a sensação de se sentir vivo.
Revolta; que a fará ser uma pessoa amarga com a vida e com os que a rodeiam.
Conformismo; que fará com que ela acredite que é aquilo mesmo que ela tem que viver pro resto da vida, e aí, entra a velha ironia, pois a mesma se permitirá ser feliz dentro da conformidade e mediocridade de uma vida sem cor.
Mas, como o assunto é escolha, e dela se traçam os destinos, existe aquilo que chamo de renovação.
Aquele momento em que a pessoa se descobre e assimila sua escolha errada, que a faz repensar seus conceitos, reestruturar sua vida e seguir por outro caminho.
Ou seja, reescrever sua vida e fazer novas escolhas, mesmo que isso leve 30anos para acontecer.
Fazer uma nova escolha é definitivamente pior que se acomodar a uma já feita, pois isso implica em quebrar paradigmas, redifinir conceitos arraigados, até mesmo bem embasados; significa mexer com o que está quieto, interferir na vida de pessoas ao redor, quase sempre com uma dose de sofrimento...
Mas, se faz necessário. Não de qualquer jeito, não ferindo e agredindo àqueles que fazem parte dessa acomodação; mas de forma consciente, serena, e principalmente com a certeza do que se quer para consigo.
Escolhas nunca são fáceis de serem tomadas. Principalmente quando dessas escolhas dependem as escolhas dos outros, mas pra tudo tem uma saída. Neste caso, o maior aliado da escolha seria o tempo.
Para toda a dificuldade existe uma maneira de superá-la. Para toda escolha difícil, existe o tempo para ajudá-la.
E, se depois de todas essas escolhas difíceis, conseguirmos superar os obstáculos impostos para sermos felizes, escolher um carro será tarefa fácil.

Um comentário:

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